quinta-feira, 18 de abril de 2013

Qual é o plano para mim?

Para as empresas que querem atrair e reter profissionais talentosos, existem duas questões fundamentais para as quais se faz necessário ter respostas claras.

Uma delas é sobre o propósito que o trabalho oferecido pela empresa contém, capaz de convencer os jovens a investirem pelo menos uma fração das suas vidas (afinal o que é o tempo senão um pedaço da vida com incalculável valor?). Os jovens querem trabalhar por um propósito que dê significado às suas vidas. A simples troca de uma fração de suas vidas por uma remuneração já não é suficiente motivação para muitos jovens.

Estariam as empresas preparadas para este diálogo com os jovens no momento da sua contratação? Ou considerariam esta questão uma petulância por parte de quem ainda sequer provou o seu valor na empresa ou no mercado?

Ainda pior seria o fato de que talvez o representante da empresa não tenha suficiente preparo para discutir o tema, pois nem sempre identifica claramente um propósito com suficiente valor na atividade da empresa.

Torna-se fundamental que as pessoas entendam perfeitamente o valor da sua atividade para a sociedade. Você conseguiria explicar porque a presença e atividade da sua organização é importante para a sociedade? Quais são os benefícios?

Não se preocupe em tentar agradar a todos, mas é importante poder apresentar a perspectiva da empresa e identificar aqueles que percebem valor no propósito dela. É necessário que seja claro para atrair pelo menos aqueles que se identificam com o propósito apresentado.

A outra questão é a perspectiva profissional oferecida no momento da contratação. A obscura prática de não se comentar claramente sobre a possibilidade de desenvolvimento da carreira para os jovens gera desconfiança e insegurança.

Os jovens não estão mais dispostos a aceitar, sem discussão, que ao aceitar um emprego numa empresa não possam saber que etapas compõe o percurso hipotético ao topo da organização. Não se trata de assegurar ou prometer a evolução, mas de poder discutir abertamente com os jovens as perspectivas de desenvolvimento da sua carreira na empresa.

A relação entre os desafios, as expectativas, os resultados e as apreciações dificilmente serão integralmente compreendidas num primeiro momento. Palavras como esforço e sacrifício podem conter diferentes significados para cada pessoa, dependendo das suas referências e das suas experiências.

Obviamente, cada qual pensa no plano para sí, e não para todos ou para os outros.

Por isso a pergunta: "- Qual é o plano para mim?", faz todo sentido e focaliza a discussão no indivíduo e não na classe ou no grupo. O que os jovens buscam neste momento não é conhecer a probabilidade de ascensão, como no passado. Mas sim conhecer as etapas e os tempos, bem como os fatores que determinam o seu crescimento individual na organização.

A sua análise busca julgar se o investimento de um prazo longo incrementaria as suas possibilidades de crescimento, ou não. Um dos elementos principais da retenção é o valor da permanência para elevar a probabilidade individual de crescimento profissional.

Você percebe algo estranho? Talvez incoerente?

Claro, como pode alguém valorizar tanto o propósito da atividade da organização e ao mesmo tempo individualizar tanto o desenvolvimento da carreira? Assim é a nova geração, que antes de aceitar o emprego, quer saber se vale a pena investir um pedaço da sua vida na empresa.

Claro que ao mesmo tempo, esta geração quer aprender rapidamente, quer participar das decisões e quer empreender...

Você conseguiria convencê-la?

Escrito por Yoshio Kawakami
Para contratar este palestrante: (11) 2221-8406 ou



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