O que você faria se recebesse um convite para assumir um novo cargo
na empresa? Não é uma cargo qualquer, é um cargo que você imaginaria uma
possibilidade muito remota poder alcançar agora. A pergunta não é se
você aceitaria ou não. Suponha que você aceitasse, o que você faria no
seu novo cargo?
As diferenças entre um cargo e um outro mais
elevado são maiores no início da carreira. Na medida em que você vai
alcançando os níveis mais elevados da organização, as diferenças nas
atividades são cada vez menores entre os cargos. Surpreso?
Como a
visibilidade aumenta e há um admiração maior pelos cargos mais
elevados, a tendência é pensar que os trabalhos são muito mais complexos
e diversos. Mas as coisas se tornam cada vez mais parecidas em termos
de atividades.
Suponha que seja assim mesmo. Então, que tipo de
habilidades e competências diferenciam os chamados "grandes
profissionais ou super gestores"? Seriam super habilidades técnicas ou
super competências estratégicas?
Na época do curso de
Engenharia, um dos professores perguntou-nos qual seria a fórmula ou
regra matemática que mais usaríamos ao longo de nossas vidas. A sua
resposta de que seria a "Regra de Três" foi uma surpresa! No entanto,
muitos poucos problemas requerem uma elevada complexidade no campo da
gestão.
Não se trata de subestimar as profissões e as pessoas,
mas trata-se de constatar que na medida em que você cresce
profissionalmente, o que se requer não é a profundidade em cada área do
conhecimento praticado. Torna-se mais valiosa a habilidade de combinar
diversas áreas de conhecimento para buscar soluções equilibradas.
Trata-se
de buscar soluções viáveis em lugar de soluções perfeitas. Trata-se de
dar respostas compreensíveis para todos ao invés de uma elaboração
sofisticada. Trata-se de buscar rapidez na correção, mais do que
visualizar o conceito apurado. Trata-se de valorizar a reação humana em
vez da ação tecnicamente exata.
É a percepção do mais adequado. É
a combinação de fatores conflitantes. É o equilíbrio entre as
alternativas. É o custo aceitável para o resultado. É compreender a
dinâmica do processo em toda sua extensão. É a sensibilidade que permite
compreender as expectativas e as esperanças envolvidas nas atividades.
É
também ter uma leitura apropriada da imperfeição humana, da ambição
pessoal, do comportamento nas negociações, da manipulação nas relações e
das emoções nas decisões.
O que você faria? Você faria aquilo
que representa a sua crença e a sua visão do trabalho assumido.
Significa dizer que você faria aquilo que você imagina que seja o
trabalho que estas pessoas em cargos elevados na organização fazem. Mas
isto pode ser muito diferente da realidade que você imagina, pode ser
muito mais requintado do que a sua percepção permite ver hoje, muito
mais sofisticado que a prática comum e quem sabe, muito mais
interessante do que você imagina.
Pois entre os planos e as
estratégias existe um jogo de poder, existe uma rivalidade para se
sobressair e a natureza animal em busca da sobrevivência corporativa. E
isto dá o colorido que faz com que exista o desafio que motiva as
pessoas deste meio.
Você quer uma solução para entender melhor e
poder antecipar o que você faria? Uma delas é prestar atenção ao que
acontece ao seu redor e perceber a dinâmica das relações e dos jogos. A
outra é perguntar e explorar através de quem já joga ou jogou para
encurtar o caminho e preparar-se para o seu dia.
Mas entenda
que não é só este tipo de jogo que faz a sua contribuição. Há alguns
poucos momentos em que a sua contribuição é determinante. É a hora do
seu diferencial e do seu valor aparecer diante de todos. Tenha certeza
de indentificá-los e tomar a sua melhor decisão...
Escrito por Yoshio Kawakami
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